O privilégio da neurose em nosso arcabouço teórico-clínico, a centralidade da diferença sexual, a desconsideração dos marcadores sociais e dos processos de colonização na prática psicanalítica, o peso dado à representação, entre outros fatores, tudo isto é posto em exame e em xeque pela psicanálise contemporânea. Assim, conceituar a experiência na psicanálise implica circunscrever uma noção que não pertença a um sujeito pensante, mas que articule as engrenagens entre eu e o mundo. Trata-se de se aproximar da problemática dos limites, não necessariamente das patologias-limite, mas da possiblidade de considerar o limite entre eu e o outro, enquanto fronteira móvel e flutuante, como uma questão central.
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