A Vida na Selva é a vida de Aimar, que se fere até a morte todas as semanas, vítima do desejo furioso de cruzar a fronteira proibida para chegar à Inglaterra, esse país idealizado que o mantém vivo desde que nasceu, durante a guerra. É a vida de Sarah que está em ruínas, vítima do esgotamento voluntário, ou a de Véronique, que gostaria de poder ser voluntária para o resto da vida porque já não sabe viver fora. É também a vida de Benoît, um policial “errante” que brinca de gato e rato com os migrantes e os persegue sem poder detê-los. Élise Pestre explora a vida psíquica consciente e inconsciente dos habitantes transitórios e fragilizados desses “espaços de acampamento”. Na Selva, tempo e espaço se confundem e o sujeito oscila, preso na vida lamacenta, preso em impasses, entregue a uma destrutividade que ameaça aspectos fundamentais de seu psiquismo.
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